A indústria 4.0 cada vez mais demanda das empresas o uso das redes industriais

A linhas de produção estão cada vez mais integradas com todos os demais departamentos das empresas. Dessa forma, ao contrário do que ocorria há poucos anos, quando os pedidos e volumes a serem produzidos chegavam pelos sistemas informatizados, e não possuíam acompanhamento em tempo real.

Somente após o processo de produção, é que eram disponibilizados e registrados dados como: quantidade produzida, volume de refugo, tempo gasto de homem máquina. No entanto, tudo sem muitos critérios, e na maioria das vezes as informações se perdiam ou tinham pouca utilidade.

Dessa forma, os dados não eram disponibilizados em tempo real, geralmente, eram lançados manualmente em livros de registros. O que garantia um histórico de controle e rastreabilidade, porém, com informações de pouca utilidade para gestão administrativa.

As redes industriais no Brasil

No Brasil, a maioria das empresas não possuem redes específicas para a área de produção. Geralmente só alguns postos possuem tecnologia aplicada em máquinas, e entre eles estão o que possuem certa exigência.

Um exemplo dessas empresas, está a indústria automobilística, no que se refere aos produtos de segurança, que por norma precisam de rastreabilidade, tais como: airbags, freios, entre outros.

Com os avanços da indústria 4.0, a idéia de ter máquinas isoladas, com CLP’s armazenando dados, apenas localmente, sem ocorrer o compartilhamento em tempo real da informação, deixou de existir. Atualmente, todas as máquinas têm que estar ligadas digitalmente e integradas aos sistemas de gestão.

Dessa forma, o grande benefício disso, é que podem ser desenvolvidos softwares específicos, com critérios automáticos de monitoramento e de controle das linhas de produção.

A utilização das redes industriais na prática

Imagine, por exemplo, que uma linha está tendo um atraso de produção. E imediatamente, um alarme ou aviso é enviado ao supervisor da linha, para indicar uma parada de máquina por manutenção, perda de desempenho ou falta de matéria prima.

Esse tipo de controle pode indicar gargalos de produção. E motivar mudanças de logística, impulsionando as linhas de produção, a serem cada vez mais otimizadas. Isso pode diminuir a mão de obra ociosa, gerar mais produtividade e menos perdas. Além disso, elevar as margens de lucro aos patamares nunca registrados.

A tecnologia da informação aplicada às linhas de produção

A tecnologia da informação aplicada nas linhas de produção, em breve, serão uma realidade comum e indispensável.

Por conta disso, mesmo as empresas que ainda não possuem redes em funcionamento, já devem pensar em construir suas máquinas especiais, dispositivos e linhas de produção, prevendo a possibilidade de conectá-las a um sistema de gestão no futuro, utilizando CLP’s e periféricos que tenham comunicação com os principais protocolos de mercado.

Protocolos das redes industriais

Existem vários protocolos, tais como o TCP/IP e PROFINET. Por isso, é preciso definir qual será a estrutura da rede. Assim, utilizar o protocolo correto. Pois, embora todos os protocolos tenham a possibilidade de conversarem entre si, quando diferentes, exigem uma interface que nem sempre possui custo baixo.

Em caso de realmente não ser possível determinar qual será o protocolo utilizado, deve utilizar os mais comuns no mercado. Pois, existe uma maior probabilidade de ser o adotado em definitivo. E, caso não seja, possuem interfaces mais amigáveis e menos onerosas.

Conclusão

O custo benefício de ter uma rede integrada com a fábrica, justifica todo o investimento. Uma vez que, não chega a 5% do projeto de uma máquina. Portanto, em termos financeiros é muito baixo. E, por não envolver uma complexidade grande, pode ser implantado de forma rápida, eficiente.

Por Marco Aurélio – Sócio-diretor da Elco Indústria

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