Como saber se é financeiramente viável investir em células de produção inteligentes.
Quando falamos em investir em células de produção inteligentes, estamos falando de ganho de qualidade. Produtividade. E, principalmente, de redução de custos e aumento do lucro das empresas.
No entanto, o maior argumento para modernizar os processos de produção, é o retorno financeiro.
E esse retorno financeiro envolve a redução dos custos de mão de obra. Afinal, a mão de obra é o que mais impacta nos custos das empresas. Por isso, a análise de viabilidade do projeto deve ser praticamente toda voltada para a seguinte comparação:
Custo de mão de Obra (MDO) x custo de máquinas automáticas.
Em todo o processo de modernização dos meios de produção, talvez o ponto mais crítico, seja a análise do investimento e sua viabilidade, pois, exige o cálculo que se utiliza de fórmulas complexas, tal como, a análise de indicadores de produção. Além disso, necessita do cruzamento de informações de diversas áreas de uma empresa, como engenharia, produção, departamento financeiro, logística, RH e Qualidade.
Empresas que possuem a cultura de investimentos em automação, já possuem mecanismos de análise que simplificam a tomada de decisão. Por outro lado, empresas que ainda possuem linhas com alto grau de montagem manual, tendem a demorar mais tempo para investir ou muitas vezes acabam não investindo. Com isso, perdem muitas oportunidades e deixam de obter uma lucratividade e competitividade muito maior.
Para que não ocorra o erro de não investir em automação, por conta de não se chegar a uma conclusão segura, é preciso estabelecer uma metodologia de análise de investimento.
Ainda que seja uma análise simplificada, pois, mesmo com uma análise superficial, já é possível perceber todos os benefícios de se investir em células inteligentes de produção.
Para se tomar a decisão de investir, é preciso comparar os custos da linha de produção atual, versus os custos da linha automatizada, somando-se o valor do investimento.
Mas afinal… qual é o custo de uma MDO em uma linha de produção?
A resposta a esta pergunta é o ponto de partida de qualquer análise de investimento nas áreas de produção, sendo que, os custos se dividem de duas formas:
- Custo direto – É todo custo relacionado a salário, encargos, benefícios, etc.
- Custo indireto- que são os custos não ligados diretamente ao funcionário, mas que integram a estrutura necessária para manter estes funcionários.
Existem diversas formas de se calcular o custo da hora de produção de um funcionário, nas quais são levadas em conta, não apenas o salário, mas todos os custos relacionados aos postos de trabalho.
Para se manter um quadro de funcionários elevado, existe uma estrutura administrativa permanente, como mais pessoas no RH das empresas, refeitório, ambulatório médico, profissionais de segurança do trabalho, treinamento e segurança patrimonial. E nesta conta, entram até as despesas que não chamam a atenção, como a gasto com água e a eletricidade.
Como definir os cálculos de viabilidade de investimento do projeto
Os cálculos do custo da hora de produção não são fáceis de calcular, pois, existe a diferença de salários. E as empresas tendem a criar um custo médio, o que muitas vezes joga o custo para baixo, e gera um parâmetro, que nem sempre corresponde à realidade.
Para se fazer uma conta muito simples, apenas para assimilar o impacto dos custos de salário, vamos considerar o que um funcionário possui como despesas. Além do salário bruto, férias, 13º salário, participação nos resultados, vale transporte, alimentação, convênio médico, recolhimento de fundo de garantia e acumulo de multas rescisórias. E os custos individuais de equipamentos de produção individual EPI. Este valor será dividido pelo número de horas efetivamente trabalhadas em um período, que descontadas as férias, feriados, licenças abonadas, beiram cerca de 130 horas mensais.
Somente este custo já justifica a utilização das linhas inteligentes, mas ainda podem ser acrescentados os custos indiretos.
Tendo o custo da hora de mão de obra, é hora de verificar o retorno do investimento. Para isto é necessário estabelecer qual será a vida útil da linha de produção ou da célula de montagem.
Geralmente qualquer produto terá uma vida útil nunca inferior a 5 anos.
Qual o retorno do investimento?
O período de retorno de investimento, bastante razoável, gira em torno de 3 anos.
Dividindo o valor do investimento por este período, teremos um custo mensal.
Comparando o custo da MDO atual, da linha de montagem dentro de um mês, com o valor do investimento, será possível verificar se é viável investir.
Como nem todas as empresas possuem o valor do investimento em caixa, o custo de investimento pode vir por meio de empréstimos bancários. Dessa forma, não haveria um aumento de custo mensal e, consequentemente, não alteraria o fluxo de caixa.
Na maioria das vezes, mesmo acrescentando os juros bancários, ainda é muito viável investir em automação industrial.
Conclusão
A conclusão que chegamos, é que a análise de MDO x máquinas automáticas, tem que fazer parte da cultura das empresas. E quanto mais aprofundado for o levantamento dos custos de mão de obra, mais se justifica a automação industrial.
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